sexta-feira, 13 de julho de 2012

Casa de Leitura Lya Botelho e Centro Cultural Dnar Rocha

Quando a dissertação de mestrado que deu origem a este projeto foi defendida, um dos prognósticos nela contido, era que as instituições culturais tendiam a aumentar suas atuações e outras ainda seriam criadas graças à boa vontade de políticos e empresários e das leis de incentivo à cultura que passaram a atingir o interior do estado de Minas Gerais após anos de readequações.

Casa de Leitura Lya Maria Müller Botelho
Alexandre Moreira


A Casa de Leitura Lya Maria Müller Botelho em Leopoldina e o Centro Cultural Dnar Rocha em Juiz de Fora são exemplos de ambos. A primeira, inaugurada em 2009, tinha a contação de histórias como atividade principal de incentivo à leitura.  Hoje as ações se ampliaram e diversificadas atividades são desenvolvidas utilizando-se os recursos de sua biblioteca infanto-juvenil, da gibiteca, do centro de referência do professor, do centro de pesquisa digital, da biblioteca digital e da videoteca. Os objetivos de seus projetos são nobres, assim como todos que rechearão o livro que está sendo construído, têm como ideal colaborar “ativa e incansavelmente na formação de um país de leitores”. Simplesmente porque “a leitura amplia os horizontes, favorece a avaliação de novas perspectivas de vida, estimula o estabelecimento de uma filosofia pessoal, ajuda a moldar o caráter, proporciona autonomia, segurança e reforça a autoestima.”

É gerida por Alexandre Moreira e Maria Lucia Braga, se beneficia pelas leis de incentivo à cultura, está sob os auspícios da Fundação Ormeu Junqueira Botelho e é patrocinada pelo Grupo Energisa. Os projetos que abraçam visam atingir o maior número de beneficiados possível, de diversificada faixa etária, classe social, gênero e etnia, mas o foco de seu trabalho está nos alunos do Ensino Fundamental e Médio.





Centro Cultural Dnar Rocha
Bruno Quiossa

A Funalfa é a responsável por mais uma iniciativa de ampliação das políticas culturais na Zona da Mata Mineira através do Centro Cultural Dnar Rocha, na cidade de Juiz de Fora. Projetos que visam estimular o gosto e habilidades pela música, as artes visuais, a capoeira, o teatro, a dança, a arte digital e o audiovisual, que antes eram desenvolvidos em espaços alternativos, como igrejas e escolas nos bairros da cidade, serão agora abrigados na antiga estação ferroviária Mariano Procópio. O coordenador da instituição, Bruno Quiossa, ressalta que apesar disto, estes projetos realizados através do programa “Gente em Primeiro Lugar”, continuarão a acontecer. A diferença é que com o novo centro cultural as pessoas terão infraestrutura adequada para desenvolverem sua arte, já que como ele também diz, este centro cultural não será um lugar de arte contemplativa, mas de construção.

Existe magia e sonho na transformação de uma casa particular e de uma estação ferroviária em espaços culturais. E a importância disto está em fazer com que as pessoas se apropriem destes espaços, não se envergonhem em habitá-los, se reconheçam como parte desta história. Juiz de Fora, assim como algumas cidades da região, possuem espaços como os aqui descritos, mas ainda são pouco frequentados. A boa notícia é que se iniciativas como estas “vingam”, daqui a pouco tempo estes jovens que hoje são recebidos no Centro Cultural Dnar Rocha e na Casa de Leitura Lya Maria Müller Botelho transitarão por todos os outros como se estivessem em casa.

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