terça-feira, 17 de julho de 2012

Centro Cultural Bernardo Mascarenhas e Instituto Francisca de Souza Peixoto


O Centro Cultural Bernardo Mascarenhas - CCBM e o Instituto Francisca de Souza Peixoto - IFSP têm muito em comum. Para começar suas histórias estão intimamente ligadas à indústria têxtil. O primeiro por estar abrigado em antiga fábrica de tecidos de arquitetura inglesa, que depois de não resistir à crises político-econômicas foi transformado em centro cultural pela prefeitura de Juiz de Fora, graças ao pioneirismo de artistas, escritores e jornalistas engajados com a disseminação da arte. O segundo também desenvolveu diversificadas políticas públicas de cultura em uma antiga fábrica de tecidos por 11 anos, além de contar com a Companhia Industrial Cataguases, próspera empresa têxtil da cidade de Cataguases, como mantenedora. Mas o que os aproxima mesmo são os projetos culturais que desenvolvem e o público alvo que alcançam. O CCBM e o IFSP representam em sua totalidade, exemplos de instituições democráticas. 


Guy Schmidt - Diretor do CCBM

Por atender a público amplo e diversificado, o CCBM precisa lançar editais e passar os projetos por uma banca julgadora para que possam ser expostos na instituição, devido ao grande número de interessados em apresentar suas obras no espaço. Uma nota valiosa diagnosticada neste mapeamento, visto que a muita procura é sinal de grande produção. Muita produção e muita visita, aproximadamente 65 mil pessoas circularam pelo centro cultural em 2011, segundo seu coordenador Guy Schmidt. As pessoas já se apropriaram CCBM graças à dedicação de seus gestores e colaboradores, todos ligados à FUNALFA, desde sua inauguração em 1987. São atraídos pelas diversificadas exposições, pelas aulas de capoeira e percussão, oficinas, palestras, reuniões, peças teatrais, shows musicais e pela simpática e mágica Casa do Papai Noel.

Marcelo Inácio Peixoto - Presidente do IFSP

O IFSP teve que deixar a imponente fábrica de tecidos, onde abrigava seus projetos e se mudar para um lugar mais modesto para - impossível deixar de registrar - desagrado de seus colaboradores e da comunidade cataguasense. Este desagrado, no entanto, vem se dissipando à medida que as pessoas começam a perceber que as ações de incentivo à cultura, à educação, à saúde e ao esporte continuam a acontecer. São 37.000 pessoas atendidas por ano, desde 1999, atraídas pelos trabalhos de incentivo à leitura e à escrita, pelo acesso às novas tecnologias, pela magia do teatro, pelo encanto do artesanato, pela preservação do meio ambiente, pela capacitação de professores. Entre seus beneficiados estão pequeninas bailarinas, meninos escritores, jovens cineastas, professoras high tech, mulheres bordadeiras e vovós blogueiras.

As duas instituições apresentadas podem ser também equiparadas quando se trata de números altos. Vários anos de trabalho em prol da cultura da região, projetos diversificados muitos beneficiados, alegria, sentimento e aprendizado. Já as diferenças são mínimas e nem tem porque destacá-las, pois o que agrega valor a ambas e que também lhes é comum são as pessoas que os habitam, e pessoas nunca lhes faltarão.

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